segunda-feira, 21 de julho de 2008

Música pra quem gosta de música


É isso aí amiguinhos, depois de dias sem postar nada, estou aqui de novo, na mesma lan house onde tudo começou. Vida muito doida, tudo acontecendo ao mesmo tempo, vacas magras, fase ruim, mas como disse Lobão, um tiro só não vai me derrubar. Bom, e em meio a isso tudo, hoje não vou postar uma música, mas um texto que escrevi sobre o Rock and Roll (agora, não me perguntem qual a ligação do texto com o que estou vivendo que nem eu sei).


Quem é músico, ou simplesmente gosta de música, principalmente os saudosistas do rock como eu, certamente já se preocuparam com a formação musical das novas gerações, embaladas ao som de Créu, Dança do Quadrado e outras tantas por aí. Se observada a evolução do estilo, então, fica no ar a dúvida: onde foi que as canções se perderam? Por exemplo:

Década de 50: O Rock and Roll dá os primeiros passos e ganha simpatia com o estilo rebelde dos cantores, que fundiam ritmos de blues e country às canções. Nasceu nos EUA e logo se espalhou por outros países e continentes. Em 54 surgiu Bill Haley e, dois anos depois, Elvis Presley lança o disco Heartbreaker Hotel. Na mesma década, aparecem expoentes como Chuck Berry e Little Richard.

Década de 60: Em 62, quatro jovens de Liverpool ganham o mundo com a canção Love me do. A década ficou conhecida como anos rebeldes e o rock assumiu caráter político, com letras de contextação e protesto, como as do músico Bob Dylan. Surgem,também, os Rolling Stones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Pink Floyd, The Doors e muitos outros. O festival de Woodstock, em 69, com o lema paz e amor impulsiona ainda mais o estilo. No Brasil, Celly Campello estoura nas rádios os sucessos Banho de Lua e Estúpido Cuído. Surge também a jovem guarda, com músicos como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.

Década de 70: Já com ares mais populares e fortalecidas pelos videoclipes, as músicas incorporam batidas mais fortes e instrumentos com mais distorções. Por um lado, o mundo conhece o heavy metal do Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. Por outro, a batida compassada de Frank Zappa, Creedance, Gêneses e Queen. No Brasil, surgem Raul Seixas, Secos e Molhados, Os Mutantes, e outros.

Década de 80: O rock se funde a novos aparatos musicais e ganha novos ares. O new wave faz sucesso com as bandas Talking Heads, The Clash e The Police. Por outro lado, surge um rock mais dançante com U2, Madonna, etc. Na TV, é inaugurada a emissora MTV, dedicada à música. No Brasil, estouram bandas que tratam de temas cotidianos, como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii, Blitz, etc.

Década de 90: Às canções, se fundem vários ritmos, como rap e reggae. Bandas como Red Hot Chili Pepers, Nirvana, REM, Pearl Jam, Oasis e Green Day ganham o gosto dos ouvintes. No Brasil, fazem sucesso conjuntos como Skank, Pato Fu, Raimundos e outros.

Novo Século: Com o novo século, surgem novas idéias, novos estilos e, consequentemente, novos "artistas". A poesia nas canções se acaba e as letras passam a se resumir em quatro ou cinco frases, como: balança o popozão, meche sua bundinha, rebola até o chão, cada um no seu quadrado ou créu. Surgem também os MCs. O som se torna mecânico e, para fazer sucesso, não há mais necessidade de se saber tocar um instrumento, ou ter noções musicais mínimas. Uns poucos ainda resistem, mas o gosto popular anda duvidoso.

E nós, saudosistas, nos perguntamos: onde foi que as canções se perderam?


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